A CCIH, comissão atuante em ambientes hospitalares, é responsável pela tomada de decisões e medidas de proteção e prevenção às infecções hospitalares.

Na atual situação de pandemia em que vivemos, onde um vírus foi responsável por, além de interromper e prejudicar a vida de milhões de pessoas, também por provocar uma mudança de comportamento social em todo o mundo, questões como o controle de infecções precisam ser colocadas em pauta.

Essas infecções, segundo a Organização Mundial da Saúde, acometem 14% dos pacientes em hospitais e por esse motivo, precisam ser tomadas medidas em relação a esse agravante.

Neste post, vamos esclarecer sobre a comissão responsável pelo combate às infecções, seu significado, como é composta e sua importância para a saúde coletiva.

 

O que é CCIH?

A CCIH, sigla que abrevia Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, trata-se de uma comissão criada em 1978, com o propósito de diminuir o risco de ocorrências de caráter infeccioso dentro dos hospitais.

No momento de sua criação, não haviam regulamentos próprios para essa finalidade, porém, devido à importância da diminuição das infecções hospitalares e do controle dos efeitos danosos causados por ela, decidiu-se pela implementação dessa comissão.

Foi somente em 1983, que houve a regulamentação do Controle de Infecção, e em 1998, o Ministério da Saúde decretou a obrigatoriedade da CCIH em todos os hospitais do país.  Esses acontecimentos são marcos de relevância na história do setor hospitalar, pois fizeram parte de um conjunto de ações que tornaram a assistência à saúde um sistema mais responsável, e consequentemente, mais eficaz em suas atividades.

Desse modo, a legislação que rege a CCIH ainda vigora, e é determinada pela Lei nº 9431.   De acordo com o Ministério da Saúde, a magnitude dessa lei refere-se à problemática ocasionada pelas infecções, sobre a saúde dos pacientes e daqueles que fazem parte do funcionamento do âmbito hospitalar, como os agentes de saúde e demais colaboradores.

 

Como deve ser composta a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar?

Para que funcione de maneira efetiva e todas as medidas cabíveis à CCIH, é necessário que ela seja otimizada e sua organização realize-se de acordo com práticas de responsabilidade e profissionais.

Seguindo as leis, a composição da comissão deve seguir os seguintes requisitos:

  • Ser constituída de profissionais da área de saúde com nível superior;
  • Serão designados dois tipos: consultores e executores;
  • O presidente ou o coordenador, deverá ser qualquer um dos membros da CCIH, desde que seja indicado pela direção do hospital;
  • Os consultores deverão representar, obrigatoriamente os serviços: médicos, de enfermagem, de farmácia, laboratórios de microbiologia e administração;
  • Os executores, serão, no mínimo, dois para cada 200 leitos e deverão ser técnicos de nível superior na área da saúde.
  • De preferência, um dos executores deve ser um enfermeiro.
  • Em leitos exclusivos a pacientes críticos, a CCIH deve ter outros profissionais de nível superior, igualmente na área da saúde, como os demais.

 

Visando a máxima eficiência dessa comissão, é altamente recomendado o seguimento à risca de todos os itens acima, e demais obrigações previstas pela legislação.

Assim, os riscos de incidência das infecções hospitalares serão reduzidos e a segurança de todos os participantes do setor hospitalar será assegurada.

 

Qual a função do CCIH e onde ele atua?

A função dos participantes da CCIH é a observação das atividades do hospital, de modo com que todas as medidas possíveis a serem seguidas, em relação ao controle de ocorrências de infecções, sejam efetuadas.

Embora essa definição seja a mais priorizada, existem outros deveres que abrangem as funções da CCIH, como:

  • Elaboração, implementação, mantimento e avaliação de programas elaborados para o decrescimento das infecções;
  • Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares, de acordo com o Anexo III, da lei que rege a CCIH;
  • Garantir o bom funcionamento das rotinas técnico-operacionais, para que os programas de combate à infecção sejam, de fato, eficientes;
  • Capacitar e orientar os colaboradores, principalmente aqueles que não atuam na comissão, para que estejam a par das normas que reduzem os riscos de infecção;
  • Caso ocorram surtos epidemiológico, realizar a investigação deles, bem como medidas urgentes para saná-los, além de divulgar, regularmente, relatórios referentes às infecções;
  • Utilizar, de forma correta, produtos antimicrobianos, germicidas e demais aparatos hospitalares de combate às infecções, bem como elaborar e divulgar, na instituição, uma política de utilização de tais itens.

 

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar pode atuar em todos os setores do hospital, desde a área médica e de enfermagem, a laboratórios e instâncias administrativas, uma vez que os membros consultores representam todos esses âmbitos.

Já os membros executores, representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e se responsabilizam pelo PCIH.

 

O que é PCIH e qual sua importância no controle das IRAS?

As IRAS, são as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. E o PCIH, trata-se do Programa de Controle de Infecção Hospitalar.

Como foi esclarecido neste post, a CCIH é responsável pela criação de medidas e pelo monitoramento de práticas que diminuem a incidência de infecções, desse modo, o PCIH trata-se do programa que determina essas providências.

Assim, não há como formar um conjunto de ações ou concretizá-los, sem que a comissão de controle de infecções hospitalares os faça.

O controle das IRAS, portanto, dá-se na ação do CCIH sobre o PCIH.

Para entender melhor essa dinâmica, é preciso compreender que as IRAS são todas e quaisquer infecções que o paciente pode adquirir dentro do ambiente hospitalar, e que ele não apresentou no momento de sua entrada na instituição.

Nesse caso, a elaboração e execução de um excelente PCIH é imprescindível. As infecções hospitalares são responsáveis por uma taxa relevante da mortalidade nos hospitais.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que, além das IRAS serem umas das maiores causas de morte, elas igualmente são responsáveis pelo agravamento da situação do paciente.

Então, no que diz respeito às funções da CCIH, as práticas adotadas por essa comissão podem e devem ser relacionadas ao esforço em manter um PCIH de alto nível, que deve priorizar medidas de prevenção às IRAS.

 

Quais são as melhores práticas no controle da infecção hospitalar?

Agora que você já sabe da importância do controle e prevenção das infecções hospitalares, é preciso saber as procedências que devem ser tomadas para que elas não ocorram de maneira desmedida, como:

  • A higienização correta das mãos (pois trata-se da forma mais eficaz de se diminuírem os incidentes);
  • Seguir detalhada e metodicamente as normas legais referente às instituições de saúde;
  • Selecionar minuciosamente as componentes da CCIH e mantê-los em bom direcionamento referente às suas funções;
  • Elaborar e executar um PCIH eficiente;
  • Instruir todos os colaboradores em relação às medidas de prevenção das infecções hospitalares e seus tipos.

 

Os hospitais são locais onde bactérias e vírus fazem parte do ambiente e não há como fugir dessa premissa. Além dessa característica, seus usuários majoritariamente estão acometidos por enfermidades, e isso os faz estarem em um momento de fragilidade física.

Além disso, os chamados grupos de risco, devido à ocorrência de um sistema imunológico previamente comprometido, estão entre os que mais frequentam as instituições hospitalares.

Ou seja, a CCIH tem um papel essencial nesses ambientes, pois não somente controlam as infecções hospitalares, mas tratam de promover um ambiente no qual se busca a saúde e bem-estar, e não o agravamento de doenças e debilidades.

Diante disso, a Comissão de Controle e Infecção Hospitalar possui méritos fundamentais e necessários.

 

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